A Red Desert foi fundada em 2007 e dedica a sua actividade principal à produção de documentários cinematográficos. 

Os seus filmes têm sido apresentados e premiados em diversos festivais de cinema, muitos deles considerados prioritários pelo ICA (Fidmarseille, Clermont-Ferrand, CPH:DOX, Festival de Sevilha, Doclisboa, Porto Post Doc, Festival de Cartagena, Festival do Rio, Thessaloniki Documentary Film Festival, Indie Lisboa, Curtas Vila do Conde, Guadalajara, Documenta Madrid, Fantasporto, Caminhos do Cinema Português, Festival de Edimburgo), em televisões nacionais e internacionais (RTP, Canal+, France 3, Canal 180, TvCine, e em plataformas de VOD tais como Filmin e DocAlliance).

Em 2008 realizou e produziu a série de curtas-metragens para o jornal Expresso (www.expresso.pt), cujo conjunto se intitulava Pobreza no Porto e a curta-documental Um dia o Bairro vem Abaixo, sobre a comunidade cigana do Bacelo, publicada no mesmo órgão de comunicação social. 

Em 2009 produziu o documentário de criação Os Esquecidos, que ganhou o prémio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Documental Extremadoc, em Cáceres, Espanha (2010), na categoria Transfrontera. O filme esteve também presente na Competição Nacional do Doclisboa 2009 e Fantasporto 2010, foi apresentado na Assembleia da República, Assembleia Municipal do Porto e exibido em mais de 30 auditórios, escolas e universidades, no Cineclube de Silves, de Santarém, de Amarante e do Porto. Em 2013 o Canal 180 exibiu o filme em horário nobre seis vezes. 

No mesmo ano, produziu a curta-metragem de ficção Raízes, que venceu o prémio Bracara Augusta Award no Bragacine, em 2010 e o prémio de Melhor Filme no Filminho, em 2010. No mesmo ano produziu os documentários Serra (PT), Desplazados (PT, UK, COL – em pós-produção, depois de uma reformulação no conceito). No mesmo ano, produziu, para a Rede Europeia Anti- Pobreza, o documentário Desencontros, presente no Panorama do Documentário Português, exibido em mais de 30 escolas e auditórios, tendo estreado no Auditório da Assembleia da República. 

Já em 2011, para além da série documental publicada no Expresso online intitulada Solidão (7 episódios), produziu o documentário Um Estudo de Possibilidades, de Carlos Ruiz, exibido no Fantasporto e Água Fria que passou pelo Curtas Vila do Conde, DocLisboa, Competição Internacional do Festival de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand (FR), Festival Internacional de Guadalajara (MX), Shortcutz Porto, Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, Panorama do Documentário Português, Curtas Belo Horizonte (BR), na 2ANNAS (Letónia), Mecal de Barcelona – Menção Especial do Júri – (ES), Regard Sur le Court Métrage (Quebec, Canadá), Filmets Badalona (ES) – Prémio Europa para Melhor Curta-Metragem Europeia, Documenta Madrid - Menção Especial do Júri (ES), Martil Film Festival – Menção Especial do Júri (Marrocos), Kinoforum (BR), Festival de Lille (FR), Euro Shorts (Hungria), L'Alternativa (ES) e Extremadoc (ES), Adana Golden Ball (Turquia), Lupa, (País Basco), Extreme Shorts (KR), Curtdoc (ES), Amateur Film Festival Tunis (TUN), Corto Circuito (ES) e Leiria Film Fest (Prémio de Melhor Documentário e Melhor Realizador). O filme foi ainda exibido na RTP (Onda Curta) e no Canal Plus France e Afrique, para mais de 20 países, bem como no Porto Canal e TVCINE HD 2. 

Em 2012 produziu, para a Rede Europeia Anti-Pobreza, a longa-metragem documental sobre mulheres de etnia cigana intitulada Ciganas, que tem passado em diversos auditórios, escolas e congressos por todo o país. No mesmo ano, dá-se uma cisão na empresa, tendo Carlos Ruiz fundado a Fronteira Filmes, com os filmes por si realizados. 

No mesmo ano, co-produziu a série Residências de Design, de 9 episódios, sobre as residências artísticas de nove designers em diversas fábricas de móveis de Paredes. Os filmes foram exibidos no canal 180. Ainda para a Câmara Municipal de Paredes, produziu onze documentários para o Circuito de Arte Pública, sobre artistas como Rui Chafes, Pedro Croft, Fernanda Fragateiro, Alberto Carneiro, entre outros, sobre a construção das suas obras do início ao final. 

Em 2014 produziu a longa-metragem documental A Raposa da Deserta, exibida no Festival de Cinema Etnográfico Cinantrop (Leiria e Lisboa) e que venceu o prémio de Melhor Longa-metragem do Festival. O filme foi exibido na RTP. 

Em 2014 produziu, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, a curta-metragem documental intitulada Hospedaria, que estreou na Competição Nacional do Festival Internacional de Vila do Conde. O filme já esteve igualmente na Competição 

Internacional do Festival Internacional de Curtas-metragens Filmets (Espanha), no Festival de Martil (Marrocos), onde venceu o Grande Prémio Cidade de Martil para Melhor Documentário e no Extremadoc (Espanha), onde venceu igualmente o prémio de Melhor Documentário. Hospedaria esteve ainda na competição internacional do FIC Lanterna (México), Festival de Tabor (Croácia), no Film Festival Prvi kadar (Sarajevo, Bosnia) - Prémio para Melhor Documentário, Festival Internacional de Cinema Camerimage (Polónia), Festival Internacional e Cinema de Girona (Espanha), Panorama do Documentário Português, Videoteca de Lisboa. O filme foi ainda alvo de uma exposição na galeria alemã Altes Finanzamt, em Berlim e no Espaço Mira, no Porto. 

Em 2015, terminou a produção da co-produção com o Brasil Love Film Festival, uma longa-metragem de ficção que teve início em 2009 e que passou por países como os Estados Unidos da América, Brasil, Grécia, Colômbia, Portugal e México, com Manolo Cardona e Leandra Leal nos principais papéis. Foi World Premiere no Festival do Rio 2014, esteve na competição oficial do Festival de Guadalajara (MX), Ventana Sur (AR), Festival de Chicago (EUA), Latam (EUA), Edimburgo (Escócia), entre outros. No mesmo ano, produziu três documentários para o Centro de Estudos Sociais de Coimbra, no âmbito do Projecto Alice, coordenado por Boaventura de Sousa Santos. Um deles, intitulado Conversas do Mundo, em co-produção com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e realizado por Boaventura de Sousa Santos e Pedro Neves, foi seleccionado para o Festival Caminhos do Cinema Português e tem sido exibido em vários auditórios municipais e universitários. 

Ainda em 2014, produziu o documentário Acima das Nossas Possibilidades, com realização de Pedro Neves, que está integrado no colectivo Projecto Troika (www.projectotroika.com). O filme foi World Premiere na primeira edição do Porto Post Doc e foi exibido na sessão Há Filmes na Baixa, no cinema Passos Manuel, no Porto. Foi editado em DVD. 

Em 2015 produziu diversos vídeos sobre património material e imaterial para o Museu do Vinho de São João da Pesqueira (Menção Honrosa de Melhor Museu Nacional 2015) e uma instalação em vídeo – Retratos da Cidade Líquida – que integra a exposição permanente da Casa do Infante, no Porto, juntamente com trabalhos de Albuquerque Mendes, João Onofre, Julião Sarmento e Pedro Tudela (Prémio APOM 2016 de Melhor Instalação Multimédia). 

No mesmo ano produziu a ficção A Vinha, uma curta-metragem de Ricardo Leite, rodada em 16mm, com Ana Bustorff e Maria João Pinho, que está a iniciar o circuito de festivais nacionais e internacionais e o documentário Bairrismos (61’), encomenda da Câmara Municipal do Porto – Domus Social que esteve em exibição nos meses de Agosto e Setembro no antigo Matadouro Municipal do Porto e foi estreada em sala no Porto Post Doc. 

Em 2016 foi finalizado Home – El pays de la Ilusión, de Josephine Landertinger – uma co-produção entre a Colômbia e Portugal, presente na Competição Oficial do importante Festival Internacional de Cartagena das Índias (Colômbia) e exibição na RTP2. O filme Le Choix Impossible, de Patrick Séraudie, uma co-produção Red Desert (PT) e Pyramide Films (FR), com o apoio da France 3 e da RTP, para além das exibições em televisão, estreou no Festival Filmes do Homem, em Melgaço. O novo filme de Ricardo Leite, Mãos Cortadas, um olhar sobre os refugiados sérios na fronteira entre a Sérvia e a Hungria, também uma produção Red Desert, venceu o Prémio Especial do Júri no Festival Internacional de Martil (Marrocos) em 2016. 

Ainda em 2016, produziu a curta documental A Praia, presente no Short Film Corner do Festival de Cannes, com estreia mundial na Competição do Doclisboa 2016, presente no MiradasDoc (ES), no Festival Internacional de Documentário de Salónica, na Grécia. e na competição do Festival Internacional de Curtas-metragensd e São Paulo (Brasil). Já em Dezembro de 2016, o documentário Tarrafal, de Pedro Neves, teve a sua World Premiere na Competição Internacional do Porto Post Doc a International Premiere no prestigiado CPH DOX, em Copenhaga e ganhou o Prémio de Melhor Filme no Festival Internacional de Documentário Filmes do Homem. O filme esteve igualmente em competição no Festival Internacional de Sevilha. O filme teve o apoio da Câmara Municipal do Porto e da RTP. Já em 2018, co-produziu a longa-metragem documental Bostofrio, de Paulo Carneiro, com World Premiere no Indie Lisboa 2018, onde venceu uma Menção Especial do Júri, e com estreia comercial em sala (Porto, Cascais, Setúbal, Lisboa, Faro, Leiria) a partir de 7 de Novembro de 2019 e exibição já assegurada pela RTP). Com a Curtas-Metragens CRL, co-produziu a curta documental Náufragos, realizada por Pedro Neves, estreada no Festival Curtas Vila do Conde 2018. No mesmo ano, produziu Geni, de Luís Vieira Campos, com Word Premiere no Porto Post Doc 2018) e Aos meus pais, de Melanie Pereira (Prémio Doc's Kingdom para Melhor Realização Verdes Anos no Doclisboa). Em 2019 produziu a curta documental Set Hares Running, de Rui Pinheiro, que vai iniciar o circuito de festivais e A Fábrica, de Pedro Neves (Competição do Curtas Vila do Conde 2019). Em 2020, co-produziu o filme A Herança de Aristides, de Patrick Seraudie (com o apoio da France 3 em co-produção França-Portugal).

Em 2022, produziu o filme As Maçãs Azuis, de Ricardo Leite (Doclisboa, Porto Post Doc, Caminhos do Cinema Português, Mdoc). Já em 2023, produziu a curta-metragem documental Sonhos de uma Revolução, com estreia mundial na Competição Internacional e Nacional do Curtas Vila do Conde e já seleccionado para o Caminhos do Cinema Português. Também em 2023, produziu Lucefece - where there is no vision, the people will perish, de Ricardo Leite, com estreia mundial a competição oficial o Doclisboa 2023 e vencedor do Prémio para Melhor Filmes da Competição Cinema Falado do Porto Post Doc 2023 e seleccionado para o Caminhos do Cinema Português e As Melusinas à Margem do Rio, de Melanie Pereira também com estreia mundial na competição oficial do Doclisboa onde venceu três prémios: Melhor Filme Português, Melhor Primeira Obra e Prémio Escolas para Melhor Filme do Festival. Foi igualmente seleccionado para o Porto Post Doc 2023 e venceu o prémio de Melhor Documentário no Porto Femme 2024. É o filme escolhido pelo Doclisboa para o Prémio da Docalliance 2024, teve estreia Internacional no Docudays (Kiev)e teve a sua premiere francesa na Selecção Oficial do Fidmarseille 2024. Ainda em 2023, produziu o filme Time Takes a Cigarette, de Aya Koretzky, que foi o filme de encerramento do Post Doc 2023 e que teve estreia mundial no Festival Internacional de Documentários de Salónica, na Grécia. . De momento encontra-se a produzir o documentário Os Continuadores da Revolução (seleccionado para o programa internacional do Eurodoc e com o apoio do ICA ao Desenvolvimento de projectos Audiovisuais e com o apoio do ICA à produção de documentários cinematográficos), uma co-produção com a JBA Production (França) de Jacques Bidou e Marianne Dumoulin.

Em 2020 esteve presente no Eurodoc com o projecto Os Continuadores da Revolução, projecto apoiado em 2022 para a produção de documentários cinematográficos pelo ICA. É uma co-produção Red Desert (PT), JBA Production (FR) e Incomati Filmes (MZ).  Está a desenvolver ainda A terra das Viúvas dos Vivos, de Melanie Pereira e Paredes de Coura: 30 anos, de Pedro Neves.

Pedro Neves

Founder

Pedro Neves

Da sua filmografia, destacam-se os documentários A Olhar o Mar (2007), En la Barberia (2007), Os Esquecidos (2009), Desencontros (2010), Água Fria (2011), A Raposa da Deserta (2014) e Hospedaria (2014). Em 2014 finalizou o documentário Acima das Nossas Possibilidades, integrado no Projecto Troika e, com Boaventura Sousa Santos, realizou a curta-metragem Conversas do Mundo. Em 2015 produziu e realizou o filme Bairrismos. Já em 2016 realizou a curta-metragem documental A Praia e a longa Tarrafal, estreada no Porto Post Doc e com International Premiere no CPH:DOX, na Dinamarca. Em 2018 produziu o documentário de Melanie Pereira Aos Meus Pais (Doclisboa 2018), o documentário Geni, de Luís Vieira Campos (Porto Post Doc 2018), produziu e fez a direção e fotografia da longa-metragem Bostofrio, de Paulo Carneiro, com estreia no Indie Lisboa, e realizou a curta documental Náufragos, a convite do Festival de Vila do Conde, onde foi World Premiere. Em 2019 realizou o filme A Fábrica, com estreia mundial no Curtas Vila do Conde. Em 2020 realizou a curta metragem Have you been living on the moon a convite do festival internacional de Oviedo (SACO) e graduou-se como Eurodoc Alumni com o projecto Os Continuadores da Revolução. Em 2022 produziu os filmes de Ricardo Leite As Maçãs Azuis e Lucefece e As Melusinas à Beira do Rio, de Melanie Pereira.

Pedro Neves nasceu em Leiria em 1977. É documentarista. Estudou no Porto, onde concluiu uma pós-graduação e um mestrado em Cultura e Comunicação, variante Documentário, com uma dissertação sobre o documentário dos anos da Revolução de Abril. Em 2007 frequentou um curso de realização de documentários na Escola Internacional de Cinema e Televisão de San António de los Baños, Cuba. Em 2008 fundou a produtora Red Desert Films.

Venceu nove prémios com os filmes que realizou. Foram exibidos na RTP, Canal Plus France, canal Plus Afrique ou TVCine e entraram na competição em mais de 40 festivais nacionais e internacionais, como Clermont-Ferrand, Guadalajara, Doclisboa, Documenta Madrid, Curtas Vila do Conde, Festival de Curtas de São Paulo, Porto Post Doc, Festival de Salónica, CPH:DOX, entre outros.

Pedro Neves